O Padre Mariano é de toda a Igreja, especialmente daqueles que Jesus declarou como os primeiros no Reino: os marginalizados, os carentes de sabedoria acadêmica, do prestígio social, da força e do poder.
O Padre Mariano nasceu em Almudévar, Huesca (Espanha), em 1844, ingressou, em 1870, sendo presbítero diocesano, na pequena comunidade dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria, então desterrada no sul da França. Três anos depois, era enviado para o outro lado do mundo: Chile, na América do Sul, a chamada vinha jovem, destinada a dar fruto abundante, segundo a expressão do próprio Padre Fundador.
A Congregação o enviou como missionário e Mariano o foi em todos os sentidos: um enviado a anunciar o amor de Deus no mundo injusto; enviado aos mais necessitados de consolo; enviado a proclamar, com sua poderosa voz e seu exemplar estilo de vida religiosa, que o Reino de Deus e seus valores estava por cima dos pequenos olhares parciais, interesseiros, egoístas e orgulhosos de uma sociedade quase feudal manejada pelos grandes da terra: comprometeu-se com o serviço da Palavra para que os pobres tivessem vida. Este foi o se trabalho.
Pregou no Chile mais de 700 missões populares (cada uma delas com uma média de entre 10 e quinze dias) durante os trinta anos de vida missionária no país (1873-1904). Foi constante visitador e acompanhante de enfermos nos hospitais pobres, no cárceres e nos bairros distantes dos bens da civilização. O lema da sua vida, assumido ao ser enviado pela Congregação às missões na América, foi “santo ou morto”. Este lema foi seu propósito, seu estímulo, para procurar a perfeição no seguimento de Cristo libertador.
Morreu, no hospital de pobres, pregando uma missão nas montanhas da atual diocese de Copiapó, no norte do país, diocese que aos cem anos de sua morte pastoreia um bispo claretiano; um sinal de que seu sacrifício continua florescendo em atividade apostólica.
O Padre Mariano Avellana continuará motivando-nos com sua vida exemplar, seu testemunho missionário e seu compromisso a serviço da vida.
O mesmo Povo de Deus já o canonizou em vida chamando-o santo Padre Mariano e a Igreja ao declará-lo Venerável no dia 23 de outubro de 1987, por decisão do Papa João Paulo II.