Depois de tomar o café da manhã às 8h00 e participar da oração matinal das Laudes às 9h00 no Museu Episcopal, iniciamos nosso Congresso de Espiritualidade Claretiana com uma apresentação intitulada “175 Anos de Espiritualidade Claretiana” do Padre Carlos Sánchez Miranda, CMF. Na sua exposição abordou o contexto histórico da espiritualidade claretiana, a transmissão da experiência espiritual do Fundador, a espiritualidade missionária em contexto conventual e uma espiritualidade enraizada nas origens e aberta aos novos tempos.
Padre Carlos explicou que o século XIX foi uma época desafiadora de conflito entre revoluções e restaurações. Foi neste período que surgiu a espiritualidade claretiana. Esta espiritualidade baseia-se nas experiências do Fundador e abraça um espírito missionário enraizado na tradição, mas aberto a novas ideias. Alimenta-se do Evangelho e dos valores fundamentais das suas origens e permanece receptivo às realidades mutáveis do mundo. Depois do Concílio Vaticano II, a Congregação enriqueceu ainda mais a sua espiritualidade. O XVII Capítulo Geral, a Declaração sobre o carisma de Santo Antônio Maria Claret e a Declaração sobre a Herança Espiritual da Congregação foram marcos essenciais que levaram a uma profunda transformação na forma como a espiritualidade é compreendida e vivida na Congregação. Esta transformação enfatizou uma espiritualidade centrada no Coração de Maria, evangélica e religiosa, apostólica, sacerdotal e secular, e cristocêntrica dentro da Igreja.
Padre Mathew Vattamattam, Superior Geral, apresentou “Rumo a uma Espiritualidade Missionária Claretiana Integral, um Chamado de Deus para o Nosso Tempo”. Enfatizou a importância de enraizar a espiritualidade claretiana em Cristo e destacou o seu papel essencial na preparação para a missão. Padre Mathew sublinhou o significado de Claret e do carisma claretiano, salientando que o nosso caminho espiritual nos leva à plenitude de Deus. Além disso, abordou o processo de transformação espiritual, reconhecendo a presença de desafios e o risco de estagnação ao longo do caminho.
Após as duas palestras, os participantes dirigiram-se à Escribânia para partilha em grupo. À tarde, teve início a primeira da série de oficinas. Estavam centrados na espiritualidade claretiana, na vocação da família claretiana, etc.
Às 19h30, celebramos a Eucaristia, que incluiu Vésperas, presidida pelo Padre Henry B. Omonisaye, CMF, que celebra o seu 25º Aniversário de Ordenação. Ele enfatizou que a nossa espiritualidade vocacional deve permanecer um lugar permanente de ação de graças. Ele recebeu a bênção apostólica no final da missa. Depois do jantar, às 20h30, finalmente chegamos ao merecido descanso.
