Às 07h30, é celebrada a Eucaristia, preparada pelos Provinciais da Conferência de ECLA e presidida por Callistus Joseph. Na mesma se fez memória de Santo Antão Abade e da Venerável Madre Antonia Paris, Fundadora das Religiosas de Maria Imaculada (Missionárias Claretianas).
A sessão começa às 09h15. Henry Omonisaye dá as boas-vindas a todos neste dia especial em que precisamos de imaginação e fantasia de Deus para “projetar” o futuro e o processo que queremos realizar para avançar no objetivo que queremos como Congregação. A canção “Quando nos dás tua Palavra” é cantada e se ouve a Palavra de Deus (Lucas 14, 28-32). Rezamos para receber a inspiração do Espírito Santo com a oração do Pai-Nosso. Recordamos a Venerável Maria Antonia Paris e fazemos isso com base na motivação / reflexão do Ano Claretiano e ouvindo uma música sobre sua pessoa, vida e missão.
Um vídeo da missão e vida da Província Peru-Bolívia é visto.
Gonzalo Fernández informa que hoje não se lê a crônica. Já foi enviada ao grupo de whatsapp deste encontro. No entanto, lembramos o caminho percorrido ontem para ter consciência do momento em que estamos. Ontem tentamos aprofundar o significado de um sonho na dinâmica de transformação pessoal e congregacional. Hoje entramos no estágio de “desenho”, intimamente ligado ao estágio seguinte, o do “compromisso”.
Gonzalo projeta as imagens de um artista / cartunista – Agustín de la Torre – intitulado “A Igreja que eu sonho” (https://www.religiondigital.org/humor_grafico_religioso/). As imagens que foram elaboradas e apresentadas na última sessão de ontem são lembradas. A partir daqui, continuaremos trabalhando nesta etapa do “desenho”: fazer com que o sonho que foi elaborado ontem desça à terra de tal maneira que se transforme num projeto. Como vai ser feito? Em dois tempos.
O Capítulo Geral nas Constituições. Os participantes já receberam no grupo whatsapp desta reunião o texto constitucional (nºs 153-156) a este respeito. Propõe-se um primeiro exercício: leitura individual por cerca de 10 minutos do que as Constituições afirmam sobre o Capítulo Geral, fazendo esta leitura à luz do processo até agora realizado nesta reunião. Gonzalo faz esta pergunta para reflexão pessoal: que tipo de Capítulo Geral eu imagino juntando ao que dizem as Constituições e o que fomos discernindo estes dias?
Após esta leitura para “refrescar” e tomarmos consciência do que as Constituições entendem sobre o Capítulo Geral, Gonzalo propõe um segundo exercício. Trata-se de cada um fazer uma excursão pela sala, como se fosse um “museu”, onde estão expostas as imagens das enfermidades, chamados, sementes de vida e sonhos elaborados nos últimos dias.
Gonzalo explica que há duas fontes principais de inspiração:
Aquela objetiva: o que as Constituições nos dizem – ponto de referência essencial -.
Aquela subjetiva: a que provem do discernimento que se realizou nestes dias.
Em outras palavras:
Uma fonte sincrônica: estável em um determinado momento – as Constituições -.
Uma fonte diacrônica: o que temos feito como itinerário durante estes dias de encontro.
Um bom discernimento precisa se alimentar de ambas as fontes de inspiração. Disto se trata precisamente no dia de hoje: colocar em diálogo as duas instâncias de inspiração para responder a esta pergunta: em que direção teríamos de conceber o próximo Capítulo Geral?
O roteiro para isso já foi enviado ao grupo whatsapp deste encontro. Gonzalo apresenta o trabalho restante e propõe o terceiro exercício:
Escolher a proposta do grupo em relação ao projeto “Rumo ao XXVI Capítulo Geral” (ou qualquer outro título).
Cada pessoa compartilha “o que mais me atrai neste projeto ou tema”.
Realizar uma sessão de chuva de ideias (brainstorming) sobre o tema por cerca de 10 minutos, tentando fomentar ideias ousadas, buscando a maior quantidade possível de sugestões, construindo sobre a base das ideias dos demais, representando-as visualmente. É conveniente que alguém do grupo assuma o papel de ajudar ativamente a provocar e criar novas ideias.
Faz-se um descanso às 10h30.
A sessão é retomada às 11h00.
Segue o trabalho dos grupos com o terceiro exercício.
Gonzalo apresenta o exercício 4, no qual cada grupo discerne e concorda com uma declaração de aspirações que é fruto da chuva de ideias. Trata-se de escrever um parágrafo ou dois que descrevam o que se está tentando alcançar com este projeto ou iniciativa. É uma declaração descritiva de quais são os sucessos que parecerão como se já estivéssemos no futuro. Portanto, a declaração deve ser escrita no tempo presente. Trata-se de fazer uma descrição que expresse que tipo de Capítulo Geral e que tipo de preparação teria que ser feita para isso. É uma aspiração, um horizonte. Os grupos têm cerca de 20 minutos para concordar com a declaração e escrevê-la em uma cartolina em branco.
Gonzalo explica o passo a ser dado após concluir o trabalho dos grupos nesta fase do desenho usando a imagem do desenho na arquitetura. O que estamos fazendo é um esboço ou desenho sobre que tipo de Capítulo e que tipo de preparação para o Capítulo. É de se supor que esta declaração faça eco. Cada grupo lê e apresenta seu título e declaração. Somente os títulos de cada apresentação / declaração são coletados a seguir.
Grupo 1 (Carlos Verga): “Enraizados em Cristo, semeando vida e esperança”.
Grupo 2 (Pedro Belderrain): Até o momento não encontraram um título.
Grupo 3 (Yohanes Maria Vianey): “Caminhando em comunhão”.
Grupo 4 (Carlos Candeias): “Enraizados e arriscados”.
Grupo 5 (Francisco Carín): “Nossa comunhão missionária intercultural”.
Grupo 6 (Elias Ayuban Jr.): “Metanoia carismática”.
Gonzalo Fernández faz algumas observações metodológicas porque estamos em uma oficina. Esta fase geralmente é difícil porque não estamos acostumados a transformar a energia dos sonhos em projetos. À luz das seis declarações, Gonzalo pergunta: qual ou quais refletem o processo vivido mais e melhor? As primeiras reações são compartilhadas:
As declarações poderiam ser postas em conjunto.
A ideia de estar enraizados e a imagem do “compasso” poderiam englobar todas as demais.
Gonzalo oferece sua opinião. Talvez a 2ª e a 4ª declarações sejam aquelas que, do ponto de vista metodológico, recolheram mais e melhor o itinerário seguido até agora. E as lê em voz alta. Os outros grupos puseram nuances interessantes, embora a alusão ao itinerário seguido não tenha sido tão clara. Abre-se um tempo de intervenções e reações levando em consideração que seu principal sentido é como preparar o caminho para o XXVI Capítulo Geral.
Recolher as duas dimensões – a daqueles que vocacionalmente compartilham a mesma missão conosco e a daqueles que, de maneira remunerada, trabalha conosco / para nós -.
Concentrar-se em uma metodologia mais própria da teologia narrativa na qual se contam as experiências (e não tanto conceitos, especulações, …).
Que a declaração seja algo que tenha a ver com toda a vida da Congregação.
Que o tom da declaração seja de entusiasmo e positividade, e que gere energia.
Gonzalo informa que, antes da sessão da tarde, os secretários dos grupos se reunirão para entrar num acordo e redigir uma declaração – síntese que reúna o melhor de cada uma das declarações feitas. A assembleia abordará a proposta que os secretários do grupo vão redigir e, uma vez havendo consenso e definido, se concentrará na projeção e preparação do itinerário capitular.
Às 12h10, começa a oração em torno de Maria, fazendo-se um breve espaço de silêncio – “Em ti, ó Mãe, depositamos nossa confiança” – com base na tradicional oração claretiana dirigida a Maria. Trata-se de guardar tudo no coração para que tudo amadureça com a calma necessária.
A sessão finaliza às 12h25.
Retoma-se a sessão às 15h30.
Henry Omonisaye acolhe os participantes e se realiza a oração de Missionarii Sumus nn. 66 e 68 e a oração do Pai-Nosso. Projeta-se o vídeo da vida e missão das Províncias de Philippines, Polônia e San José del Sur.
Gonzalo apresenta a declaração conjunta das aspirações tal como os secretários definiram e elaboraram. Carlos Candeias informa sobre o texto de consenso e proposto pelos secretários dos grupos, e que é o seguinte:
ENRAIZADOS E AUDACIOSOS. Os participantes chegam ao XXVI Capítulo Geral:
Contentes com a preparação do Capítulo, em sintonia com irmãos de muitas latitudes e periferias,
alegres por haver detectado, com a colaboração de claretianos e leigos, as principais preocupações e sinais de vitalidade da congregação, enraizada na vida dos diferentes contextos,
centrados em nossas raízes carismáticas e nas aspirações proféticas, ajudados pela experiência de uma metodologia narrativa,
disponíveis para deixar-se iluminar e guiar pelo Espírito e a Palavra de Deus, para continuar o discernimento e o diálogo,
dispostos para, junto com outros, dar passos audaciosos na missão do Espírito.
Rosendo Urrabazo apresenta a versão inglesa do texto que não é uma tradução literal.
Gonzalo Fernández propõe 15 minutos de reflexão nos grupos para verificar se a declaração proposta reflete, ou não, o desejo do plenário e se outros elementos precisam ser alterados / removidos / adicionados. Cada secretário apresentará ao final a reflexão de cada grupo:
Todos os secretários são ouvidos para ter uma ideia de conjunto.
Grupo 1: A proposta parece basicamente boa. No título se deveria acrescer o para que. No final, se deveria acrescentar a expressão “Missio Dei” ao invés de “Missão do Espírito”.
Grupo 2: A proposta parece basicamente boa. Está faltando no título o para quê (na linha do grupo 1). O texto perde uma referência à questão da comunhão com a natureza e o planeta, uma referência a Maria, acrescentando no final que o conteúdo deve ser entendido como missão compartilhada (não como trabalho em equipe).
Grupo 3: Explicitar o papel importante de Maria. Fazer referência também explícita ao processo de preparação que deve ser acompanhado pela oração de todas as comunidades.
Grupo 4: Algumas contribuições são feitas fundamentalmente em torno a expressões / palavras: “inculturada” (em vez de “enraizada”), “afirmados” (em vez de “centralizados”), “dispostos” (em vez de “disponíveis”) fazendo referência expressa a Maria, “animados” (em vez de “dispostos”).
Grupo 5: No final se deveria acrescentar a expressão “Missio Dei” em vez de “Missão do Espírito”. O grupo faz algumas propostas referindo-se fundamentalmente à tradução do espanhol para o inglês. A vida comunitária não é mencionada. Além dos leigos, a Família Claretiana deveria ser expressamente incluída.
Grupo 6: Propõe algumas correções gramaticais na tradução para o inglês. Seria necessário recuperar expressamente em inglês a expressão, tão querida e usada pelo Papa Francisco, de “audácia”, uma ousadia de esperança. Outras expressões devem ser incluídas: “à luz”, …
Depois de ouvir os grupos, Gonzalo abre um primeiro espaço de intervenções no plenário. Alguns comentários / sugestões foram os seguintes:
Sobre o título deveria refletir um pouco mais uma mudança / modificação / acrescentado sobre “enraizados e audaciosos”.
A tradução para o inglês do termo “audácia” deve ser corrigida.
Utilizar no documento a primeira pessoa do plural porque é mais implicativa.
Sobre a tradução para o inglês do termo “em sintonia”.
Sobre os contextos ou, em inglês, “background”.
Sobre os leigos, Família Claretiana, etc.
Sobre a expressão “inculturada” nos diferentes contextos.
Sobre as expressões “detectado ou discernido”.
Sobre as expressões “centrados ou afirmados”.
Sobre as expressões “disponíveis ou dispostos” acrescentando semore, em todo caso, a expressão “como Maria”.
Substituir a expressão “missão do Espírito” por “missio Dei”.
Contemplar expressamente, em algum momento do texto, que todo o processo seja acompanhado pela oração das comunidades.
Após este primeiro momento de intervenções o plenário aprova o texto como razoavelmente suficiente à espera de algumas mudanças.
Sobre o título do texto “enraizado e audaciosos” se estabelece um diálogo mais prolongado. Ao final do mesmo, e entendendo explicitamente que seria de estar enraizados em Deus (em Cristo, no carisma missionário…) e ser audaciosos de frente à missão, decide-se deixar o título tal como está “enraizados e audaciosos” de tal maneira que seja o conteúdo do texto seguinte o que concretize e explicite o alcance e sentido do título.
Gonzalo propõe entrar na quarta etapa de maneira que, se não hoje, possa terminar amanhã, dia 19, pela manhã. Temos o desenho da preparação do Capítulo Geral e agora é hora de iniciar um projeto de preparação e, talvez, também do Capítulo Geral. Faremos o quinto exercício e, mais particularmente:
Nome do projeto de preparação do XXVI Capítulo Geral (dar-lhe um título ou nome).
Ler a declaração redigida e tê-la em consideração para este plano.
Prever as ações que possam ajudar a pôr em prática a declaração de aspirações.
Realizar o cronograma de ações de janeiro de 2020 a agosto de 2021.
Indicar as pessoas e grupos a serem envolvidos no processo de preparação do XXVI Capítulo Geral.
Que fatores devem ser levados especialmente em consideração para que este processo de preparação do Capítulo Geral seja bem sucedido?
Como o processo será acompanhado? Quem o fará? Quando se fará?
O objetivo, diz Gonzalo, é agora: fazer um projeto de preparação levando em consideração a declaração de intenção discernida e de consenso. Este projeto será a proposta que o Governo Geral (envolvido neste processo durante estes dias de encontro) e os Superiores Maiores realizarão ao conjunto da Congregação. O trabalho em grupo começa às 16h40.
A sessão finaliza às 17h00.
Retoma-se a sessão às 17h30.
Gonzalo Fernández faz alguns esclarecimentos metodológicos:
Sobre o plano de trabalho durante os próximos 45 minutos, e que consiste em continuar com o trabalho iniciado na última sessão;
No momento, temos a declaração de intenções, mas, para chegar lá, nos perguntamos e refletimos sobre: Que ações, processos, em que prazos, com que pessoas…, teríamos que contar para chegar até ali?
Os grupos continuam seu trabalho.
Às 18h10, uma primeira rodada dos grupos é feita para saber em que momento eles estão no processo. Amanhã, no início da sessão, cada grupo apresentará o fruto de sua reflexão. Gonzalo explica que amanhã:
Refletir-se-á sobre as sugestões de cada grupo e se tratará de ver as possíveis convergências.
Os grupos terão tempo para tratar de outras questões que o XXVI Capítulo Geral teria que tratar.
Os secretários dos grupos enviarão por escrito a elaboração deste quinto exercício ao Secretário Geral.
Carlos Candeias informa que às 19h00 haverá uma Via Sacra preparada e motivada pelos Organismos Maiores de ECLA.
Enrique Mascorro informa que amanhã, dia 18, a Eucaristia será às 07h30.
Mario David Gutierrez informa que amanhã, dia 18, depois do jantar (por volta das 20h45), teremos a apresentação de um conjunto folclórico de música e dança chilena.
A sessão termina às 18h15.
Padre Joseba Kamiruaga Mieza, CMF
Secretário Geral
Fotos do encontro: [envira-album id=”70876″]