AGRADECIMENTO PELA VOCAÇÃO
“Vocação”, palavra quase em desuso em nosso vocabulário. Falamos mais de auto realização, isto é, cada um deve fazer-se a si mesmo, como bem entender. Mas falar de vocação é falar de algo entre dois: alguém que chama e alguém que responde. E na busca de quem chama não se deve olhar para fora, mas para o próprio coração. Para isso é necessário conhecer-se a si mesmo: Quem sou eu? De onde venho? Para onde vou? São perguntas que cedo ou tarde devemos fazer-nos e responder se queremos ser felizes. Mas, por onde começar? Pistas, receitas não existem. Começar tentando adquirir certas capacidades:
* Entrar dentro do próprio mistério e descobrir tudo o que levamos dentro, o que vivemos, sentimos… Talvez nos descubramos habitados…
* Observação e reflexão. Observe-se a si mesmo: como você fala, como se comporta diante das pessoas, das circunstâncias e como reage. Pergunte-se muitas vezes: o que acontece dentro de você? Escute seu coração, seus sentimentos e dê a eles nomes: alegria, tristeza, desânimo, euforia e procure os porquês. Perceber como estamos é o primeiro passo para ser ‘donos’ de nossos sentimentos.
* Expresse o que você sente, diante de você mesmo e diante de alguém que pode fazer de espelho. Escute os demais. O que lhe dizem com sinceridade e abertamente e aquilo que lhe dizem com seus gestos, reações, críticas. Os demais percebem aquilo que a nós nos escapa, não vemos.
* Surpreenda-se. Você tem possibilidades que não imagina. Olhe-se com um olhar de Jesus, que sempre liberta, levanta, impele, anima, talvez o descubra como projeto inacabado, como um sonho de Deus. Então poderá dizer a Ele com plena confiança: Senhor, que quer de mim? Isto é o que Claret queria dizer ao Pe. Lobo, seu antigo colaborador em Cuba e agora noviço jesuíta.