A FÉ REQUER ALIMENTO
Estudos especializados dizem que Santo Antônio Maria Claret não foi um grande criador, mas teve um dom singular para selecionar, organizar e usar para produzir frutos o que outros criaram. Quem faz mais bem nem sempre é quem inventa, mas quem melhor sabe usar a serviço de todos.
As comparações que lemos em Claret talvez não estejam entre as páginas mais originais da literatura universal, mas transmitem o que o santo quer que entendamos: isto é, que não podemos viver sem oração.
Com o passar dos anos a experiência nos ensina que há substâncias de que nosso organismo precisa e cuja ausência, sem chamar especialmente a atenção, provoca alterações, enfermidades, preocupações. Basta estar mal que o médico detecta a falta de alguma vitamina, de ferro, de sódio, de potássio. Sua ausência nos foi minando silenciosamente, sem ruído, mas seus efeitos chegaram.
Algo assim acontece com a oração. Sua presença não é barulhenta, muitas vezes não é visível, mas sua ausência faz tocar o alarme. A terra não pode viver sem água, o ser humano também não; o soldado se sente perdido, como diz Claret, se está sem suas armas; nós não chegaremos muito longe sem oração. Cada um tem que ir encontrando os ritmos, as formas, o estilo, mas somente o encontro frequente, quase constante, com o Senhor alimenta realmente nossas vidas.
Você fala de oração ou se dedica a orar? Tem experiência dos efeitos da sua ausência em sua vida? Você se deixa levar ou busca momentos apropriados para orar?