Claretianos contribuem para a discussão do Pacto Digital Global da ONU

Ago 8, 2024 | Comunicação, Presença na ONU

Nova York, EUA. Num passo significativo para moldar o futuro digital, a Equipe Claretiana nas Nações Unidas organizou um painel de discussão online em 24 de julho de 2024, intitulado “Conversa Claretiana sobre o Pacto Digital Global” como parte da Série de Conversas Claretianas. Este diálogo reuniu representantes claretianos de várias regiões do mundo para contribuir para o processo de consulta da ONU para a próxima Cúpula do Futuro e promover a colaboração global entre os ministérios claretianos na abordagem dos desafios e oportunidades digitais.

Moderado pelo Pe. Louie R. Guades III, CMF, Coordenador do iClaret – Equipe de Comunicação Geral Claretiana, a conversa centrou-se nos resumos políticos do Secretário-Geral da ONU sobre “Pacto Digital Global” e “Integridade da Informação”, o 2º Rascunho Revisado do documento da ONU “Pacto Digital Global” e “Rumo à Presença Plena” do Dicastério para a Comunicação da Santa Sé.

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Pe. Henry Omonisaye, CMF, Prefeito Geral de Bíblia e Comunicação, enfatizou em sua mensagem de abertura a importância do uso inteligente e sábio da comunicação na era digital. Ele enfatizou a necessidade da alfabetização digital na atividade missionária, conceituando o mundo digital como um novo “continente” para a evangelização. Pe. Omonisaye destacou a importância de manter a integridade na comunicação digital, ao mesmo tempo que incentivou os claretianos a verem o envolvimento digital como um “encontro” que cria algo novo.

A discussão, estruturada em três rodadas, abordou uma ampla gama de temas cruciais para a era digital. Os painelistas partilharam ideias dos seus diversos contextos regionais, destacando tanto as oportunidades como os desafios apresentados pela rápida digitalização da sociedade.

Na primeira rodada, os painelistas abordaram como os claretianos estão enfrentando os desafios digitais em seus ministérios pastorais e sociais. Os participantes do painel abordaram questões como acessibilidade, preço acessível, segurança, exclusão digital e discurso de ódio online. As respostas sublinharam o forte contraste entre os cenários digitais em diferentes regiões, desde áreas que lutam com o acesso básico à Internet até aquelas que enfrentam as complexidades de sociedades altamente digitalizadas. Os palestrantes enfatizaram a necessidade de programas de alfabetização digital, infraestrutura melhorada e estratégias para combater a desinformação, ao mesmo tempo em que enfatizaram a importância de aproveitar as plataformas digitais para a evangelização e o trabalho pastoral.

A segunda ronda centrou-se nos objetivos do Pacto Digital Global e na sua relevância para diferentes regiões. Dois objetivos foram consistentemente destacados como críticos: eliminar as exclusões digitais e promover um espaço digital inclusivo, seguro e protegido. Embora a maioria dos painelistas tenha considerado os compromissos propostos viáveis, notaram desafios regionais significativos e preocupações sobre a viabilidade do calendário de 2030, especialmente em regiões que enfrentam instabilidade econômica e política. Considerações adicionais incluíram a necessidade de focar no bem-estar digital das crianças, adotar abordagens multilíngues e enfrentar desafios específicos da região.

A rodada final abordou os princípios do Código de Conduta da ONU para garantir a integridade da informação em plataformas digitais. Os painelistas identificaram princípios fundamentais, incluindo o respeito pelos direitos humanos e pela liberdade de expressão, a promoção da literacia mediática e do pensamento crítico, a transparência e a responsabilização, o apoio aos meios de comunicação independentes e a capacitação dos utilizadores. Surgiram sugestões inovadoras, como a criação de bases de dados de informação objetiva e o apoio aos meios de comunicação independentes para combater a má informação e a desinformação. As respostas refletiram uma preocupação partilhada em garantir a integridade da informação, protegendo simultaneamente os direitos fundamentais, com destaque para a educação, a transparência e a utilização responsável das plataformas digitais.

O painel de discussão serviu de plataforma para os claretianos contribuírem com as suas diversas perspectivas para o diálogo global sobre cooperação digital. Destacou os desafios digitais complexos e variados enfrentados pelos claretianos em todo o mundo, desde questões de infraestrutura e acessibilidade em regiões menos desenvolvidas até preocupações com a desinformação e segurança online em áreas digitalmente mais avançadas.

À medida que o mundo avança em direção à Cúpula do Futuro, esta conversa sublinha o compromisso claretiano de participar ativamente na formação de um futuro digital que seja inclusivo, seguro e alinhado com os valores da nossa missão. Os conhecimentos recolhidos irão informar o processo de consulta da ONU e orientar os ministérios claretianos em todo o mundo na sua abordagem aos desafios e oportunidades digitais.

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Painelitas

Ferdinand Okorie, CMF: Editor-chefe,U.S. Catholic, EUA-Canadá

Modesta OKI, RMI: Indonésia, RMI – Irmãs Claretianas

Robert Ulanday Laurio: Claretian Communications Foundation Inc., Filipinas

Suzana Coutinho: Brasil – MICLA

Miguel Castellanos, CMF: México – MICLA

Alfonso Machuca Gutiérrez: Espanha – CEPAL

Joël Nkongolo, CMF: D.R. Congo-ACLA

Melvin Neba, CMF: Camarões – ACLA

– Jose Cherukara, CMF: Hong Kong – ASCLA Leste

Nirmalan Solomon CMF: Sri Lanka – ASCLA Oeste

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