VER CRISTO NO IRMÃO
Como se comportou Jesus? O que nos ensina com o seu modo de agir, em seu relacionamento com o próximo? Jesus se situa diante de cada pessoa com a mesma incondicionalidade do amor de Deus. Ele nos ensina a acolher o próximo simplesmente porque é filho de Deus, mais além do seu aspecto ou de suas características pessoais, da sua cultura, posição social, religião ou raça; toma iniciativa para descobrir suas necessidades, coloca-se em seu lugar e o faz sentir-se verdadeiramente pessoa, digno de ser amado. Mais além das suas peculiaridades existe n’Ele algo muito importante, decisivo: é filho de Deus; e que pai não se sente agradecido diante de quem faz um favor ou presta um serviço ao filho?
É mais fácil dar que receber. Receber algo de alguém nos coloca diante dele como “pobres”, em inferioridade de condições. Sempre é menos humilhante receber quando se pode corresponder com a mesma moeda. Receber sem poder oferecer algo equivalente nos coloca diante do próximo com a mesma atitude com que devemos apresentar-nos diante de Deus. A adequada atitude diante Deus é a do pobre que pede, porque nunca poderemos oferecer nada a Deus que não tenhamos previamente recebido.
A providência de Deus age através das pessoas; aquilo que por meio delas recebemos é também dom de Deus. E todos somos instrumentos desta providência. Diz Bento XVI que “quem é capaz de ajudar reconhece que, precisamente, deste modo, também ele é ajudado; o poder ajudar não é mérito seu, nem motivo de orgulho. Isto é graça. Quanto mais alguém se esforçar pelos demais, melhor compreenderá e fará sua a palavra de Cristo ‘somos uns pobres servos’(Lc 17, 10). Com efeito, reconhece que não age baseando-se em uma superioridade ou maior capacidade pessoal, mas graças ao Senhor que lhe concede este dom”.
Você experimenta a alegria de dar e a gratidão no receber? Reconhece os benefícios recebidos tanto de Deus como dos demais e partilha com generosidade?