Normalmente o verbo ‘comungar’ já não é muito usado. Fundamentalmente o empregamos para designar esta celebração cristã na qual se dá e se toma a sagrada comunhão, o pão da eucaristia. Mas o verbo comungar designa uma relação muito estreita e íntima, de contato e de união, de pessoa a pessoa, de destino com destino. Usamos este termo quando queremos dizer, por exemplo, que coincidimos com ideais ou sentimentos de outra pessoa: eu comungo com você.
O comungar ou a comunhão com Jesus, com sua pessoa, com sua vida, é entrar em um âmbito de comunicação e de encontro profundos com Ele. De tal maneira que Ele permaneça em nós e nós permaneçamos n’Ele. E permanecer é um manter-se, continuar, seguir, persistir, durar, perpetuar-se, resistir, estar, ficar, estabelecer-se, habitar, residir, viver duradouro, contínuo. É como que entrar em um âmbito familiar, íntimo, pessoal com Ele, para assim desfrutar sua amizade, sua presença, sua companhia, seu trato. Comungar é um modo muito íntimo de participar do que quero partilhar com outra pessoa e do que o outro quer partilhar comigo.
O símbolo da comunhão nos convida a deixarmo-nos convidar por aquele que preparou o encontro e a mesa, a encontrarmo-nos, a reunirmo-nos, a sentarmo-nos ao redor da mesa, com a pessoa quer nos convidou, que nos acolheu em sua casa, que preparou o encontro.
Desta forma, podemos entrar neste âmbito íntimo e profundo de amizade, de partilha, de união com aquilo que expressamos com nossa amizade. Nada é a mesma coisa depois desta comunhão. Por isso antes e depois da comunhão com Jesus fazemos nossa aquela oração: “ficai conosco”, que é como dizer-lhe: permanecei conosco, ao nosso lado, no meio de nós, sem Vós não podemos nada, convosco tudo é possível e nos é fácil, leve, fácil e simples.
Onde fica a sua primeira comunhão com Jesus?