18 Abril

Abr 18, 2018 | Claret Com Você

A verdadeira paz do coração não se acha no retiro ou na fuga das ocupações em que Deus quer empregar os seus servos… Quando as ocupações chegam por meio da obediência ou do dever, não se deve temer; elas mesmas nos conduzem a Deus.
Carta Ascética que escreveu ao presidente de um dos coros da Academia de São Miguel. Barcelona 1862, p. 20

PAZ NO TRABALHO COTIDIANO

O Padre Claret admite a possibilidade de um vínculo entre trabalho e paz interior mostrando o motivo pelo qual se trabalha. Entre trabalho e paz interior não há incompatibilidade, mas complementariedade. Reconhecendo a importância do silêncio e retiro para a paz interior, sabe muito bem que o trabalho não tem motivo para impedi-la. O trabalho realizado em atitude de obediência nunca prejudicará a sensibilidade espiritual de quem o realiza.
A obediência é fruto do amor (cf. Jo 15,14); é a forma mais autêntica de expressá-lo. Claret afirma que “o fazer e o sofrer são as grandes provas do amor” (Aut 424). Esta experiência se vive já no âmbito familiar, onde os pais trabalham pelo bem dos seus filhos, simplesmente porque os amam; sua própria vocação de pais os leva a aceitar os sofrimentos que o trabalho possa trazer consigo; o que conta é a motivação! O trabalho obrigado, que não responde a uma vocação, mas a uma mera necessidade, pode dar origem a tensões interiores e não ser fonte de paz.
Nem é preciso dizer que este foi o caso de Claret; ele estava enamorado do que fazia. Estava no seu. Por isso se diz que ele foi um “contemplativo na ação”, ou, como o formulou acertadamente o Papa Pio XII ao canonizá-lo, Claret andava “sempre na presença de Deus mesmo em meio à sua prodigiosa atividade exterior”.
Nosso trabalho, vivido desde a vocação cristã para transformar o mundo ou desde as necessidades evangelizadoras da Igreja, deve trazer-nos paz interior; se não for assim, devemos questionar nossa compreensão do trabalho e do descanso. E é preciso fugir do trabalho viciado, do ativismo que é tradução da fuga de si mesmo e de Deus, procurando o silêncio e a paz em que pode fazer ouvir sua voz.
Como vivo minha condição de trabalhador? Manifesto minha vocação de pai ou mãe de família e de membro da família de Jesus?

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