A GENEROSIDADE NÃO CONHECE IDADE
Ao longo da vida vamos albergando grandes ilusões e belos sonhos. Algo de tudo isso, pouco ou muito, realizamos, pelo menos de um modo parcial. Às vezes, há ilusões e sonhos que devemos recalcular. Outras vezes, ficaram ou ficarão não inacabados. Tudo isto, ilusões e sonhos, não é mais que o sinal da grandeza do nosso coração, da amplidão dos horizontes que pretendemos, de que nossos corações sempre desejam algo mais belo, bom, justo, verdadeiro… O menino Claret sonhava com uma grande entrega e viu no sacerdócio o meio de realização: foi ordenado num dia como hoje, mas em 1835.
Sonhamos e imaginamos à medida d’Aquele que nos tem criado, isto é, com amplidão, com grandeza, sem limites nem medidas. Não sonhamos somente quando estamos dormindo. Também sonhamos quando estamos acordados. E alguns destes sonhos e ilusões vão se cumprindo, em maior ou menor medida, enquanto dura a vida. Outros, certamente, ficarão como esperanças frustradas, como utopias irrealizáveis. Talvez a expectativa fosse muito grande para nossas forças frágeis, limitadas.
Mas todos estes sonhos e ilusões, os que se cumpriram e os que não, moveram nossos corações, elevaram nosso olhar para o alto, nos moveram a olhar para a frente e também a colocar os olhos no futuro. Em uma palavra, nos fizeram caminhar, com os pés no chão, no presente, mas com a atenção posta no horizonte, que sempre ficou um pouco mais além e que nunca pudemos alcançar e conquistar de tudo. As ilusões e os sonhos deram asas de esperança, de amplidão e de grandeza, ao nosso coração. E talvez tenha lugar entre outras muitas perguntas, aquela importante: Senhor, que quereis que eu faça? Onde morais, Senhor? E talvez também, embora pareça um desatino e era uma loucura, você se deixou levar para onde aquela voz o chamava… Venha e verá!