UNIÃO COM CRISTO
“A Jesus desejo unir-me”. Hoje todos nós falamos do mundo dos desejos, mas, que entendemos por desejo? Que dimensões humanas abrange? Como se relaciona com nossas necessidades e nossa vontade? Que papel tem a capacidade de desejar em nosso crescimento humano e espiritual? Que desejamos? Não são perguntas triviais. Nos desejos nos comprometemos muito. Não podemos, e às vezes o fazemos, separar o mundo dos desejos da inteligência e da vontade. Tudo o que desejo não posso alcançar e nem tudo o que desejo é conveniente para meu crescimento e maturidade, nem para quem me rodeia. A inteligência me indicará o que é conveniente e a vontade marcará os limites. Daí a importância do discernimento. Discernir o que convém fazer ou não e agir em consequência.
No fundo do nosso coração desejamos a Deus. Experiência que nos enche de satisfação e de confiança para caminhar na vida. Assim foi Claret: um homem de grandes desejos que soube submetê-los às mediações e ao discernimento; por isso foi feliz.
Jesus amigo deseja presentear-nos com sua amizade e, como no caso dos dois amigos que se amam intensamente, sua meta é fundir-se como a cera, experimentar a atração do ímã. Experimento esta atração? A palavra ‘Jesus’ me diz muito? Ou talvez não seja ninguém para mim? Que triste! Quais são meus desejos mais profundos? Minha meta?
Jesus pergunta aos discípulos do Batista por seus desejos: “O que vocês estão buscando?” E ficaram com Ele. “no dia seguinte João estava outra vez ali com dois de seus discípulos. Fixando o olhar em Jesus que passava diz: Este é o Cordeiro de Deus. Ao ouvi-lo falar assim os dois discípulos seguiram Jesus. Voltando-se então Jesus e olhando os que o seguiam, lhes pergunta: O que vocês desejam? Eles responderam: Rabi, onde vive? Ele lhes responde: venham e vejam. Foram e viram onde vivia e ficaram com Ele naquele dia. Era a hora décima” (Jo 1, 35-39).